Esquece essa de odiar TV, senta aqui comigo, vamos ver qualquer canal, deixa eu pego uma cerveja, vou abrir essa janela, tira esse vestido, solta esse cabelo, deixa o trabalho pra lá, à noite te faço um jantar e uma massagem nos pés. Anda, tira esse sapato apertado, dança um bolero imaginário comigo na chuva lá no quintal, vai, sai correndo e se esconde debaixo de cama, que eu finjo que não sei onde você ta. Dorme comigo, eu te cubro de madrugada, acorda descabelada e faz barulho pra que eu acorde também, eu vou com você até o banheiro, caso uma barata apareça, me molha com a mangueira enquanto eu dou banho no cachorro, briga comigo pra poder secar a louça. Deixa eu te comprar aquele chocolate que só eu sei onde encontrar, deixa eu me embriagar com seu cheiro de flores, discute comigo por causa dos cigarros excessivos, escolhe a camiseta que eu vou usar essa noite, depois arranca ela e me arranha nas costas, me morde no ombro, dorme nua nos meus braços, volta pra casa, volta pro meu abraço de carona com uma brisa morna desse verão.
Bela obra, você é incrivelmente incrivel
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