sábado, 29 de janeiro de 2011

Na cabeça, no coração


Sábado a noite, só faz chover e ao invés de amenizar o calor, só ta piorando. Tá tudo abafado, o tempo, minha casa, minha cabeça, meu coração. Todo mundo saiu e esse silêncio desnorteado me enlouquece, seu cheiro entra pela janela do meu quarto com a brisa, esse seu cheiro de vertigem.

Mais cedo te encontrei no personagem do livro que eu estou lendo, vocês não se parecem fisicamente de forma alguma, exceto pelos olhos, mas dividem a mesma forma de pensar e de agir, dividem a mesma alma. Ainda não decidi se quero continuar ou interromper a leitura. Ver você naquelas linhas não anda me fazendo muito bem. Essa semana foi embora se arrastando, e não foi uma das melhores. Há muito tempo eu não sentia tanta falta de alguém como eu senti a sua todos esses dias. Eu tenho tantas coisas pra te dizer, eu escrevi cem mil cartas pra você, que no momento estão rasgadas em cima da minha cama, e eu ainda preciso buscar algumas coisas minhas que ficaram na sua casa, mas venho adiando esse dia com medo do que pode acontecer, por medo da sua reação. Talvez eu esteja agindo e pensando assim por conta desse calor, ou por causa da TPM. É talvez!

Essa chuva lá fora podia levar embora todos os meus pensamentos ruins, podia levar embora essa sensação abafada aqui dentro. Porque esperar que você mude é como esperar uma brisa fresca nesse verão.

Um comentário:

  1. Adoro sua meneira d falar as coisas mais dolorosas d forma meiga e tocante. Um modo unico e misterioso de analizar fatos tão imperceptiveis aos olhos alheios.

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