terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ao Rei do Nada.


Continue bebendo café, olhando para mim do outro lado da mesa enquanto eu olho para fora.
Tantas coisas que eu diria se fosse capaz, mas eu apenas continuo quieta e contando os carros que passam.
Então deixe-me agradecer-lhe pelo seu tempo, e tentar não perder mais do meu e saia daqui rápido.
Quem se importa se você discorda? Eu não sou você.
Quem te fez rei de nada? Então como você se atreve a me dizer quem ser?
Quem morreu e te fez rei de nada?
Você parece tão inocente, cheio de boas intenções, jura que sabe melhor. Mas você espera que eu pule a bordo com você e me perca em seu por do sol delirante, você não vê que eu não sou aquela que está perdida e sem direção, você nunca vai perceber?!
Toda minha vida eu tentei fazer todos felizes, enquanto eu apenas era ferida e tinha que me esconder esperando que alguém venha me dizer que é a minha vez de decidir.
Eu já cansei de segurar sua coroa, baby.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Por favor, bata a porta quando sair!


-O que é você sente por mim?
-Porque essa pergunta agora?
-Eu preciso fazer uma coisa, mais antes eu preciso saber o que você realmente sente por mim.
-Você quer mesmo saber? Então senta ali, que eu não consigo resumir sentimentos em uma única palavra.
E eu queria muito resumir tudo o que eu sinto, porque de verdade, não é pouca coisa, queria resumir tudo em ‘pena’, mais eu ainda não decidi se a pena que eu sinto é de você ou é de mim. O que eu sinto não tem nome, ainda não inventaram um nome pra esse tipo de sentimento e eu não to nem um pouco afim de denominá-lo, afinal eu não sei se ele é bom ou ruim, talvez seja um apanhado de tudo de ruim que uma pessoa possa sentir por outra, juntamente com tudo de bom; eu não acho que seja mais amor, porque por amor a gente é capaz de tudo, e ultimamente eu não ando capaz de nada, principalmente em relação a você, isso não significa que eu não tenha te amado, eu te amei, e como, era puro, era sincero, e o mais bonito, acontece que a gente não pode impor a outra pessoa os mesmos sentimentos, a gente pode apenas demonstrá-los e esperar que seja recíproco, se não for, bem, só nos resta chorar um pouco. Pois bem, eu te amei tanto, que isso começou a me matar, e a te sufocar, por que meu amor era muito pra você, era muito grande, e você medíocre demais pra perceber e crescer junto com ele.E você me faz mal, e me fez sofrer, e eu te perdoei por coisas que em meu intimo eu achava imperdoável, por você eu fiz coisas que iam contra o que eu pensava, que iam contra a minha conduta, contra o meu caráter. E mesmo assim, eu lutei por esse amor, eu lutei tanto, com todas as minhas forças, mais sozinho ninguém vence nenhuma guerra, então eu me rendi e acenei de longe a minha bandeira branca. Você fazia questão de que eu não te esquecesse, de que eu não conseguisse seguir em frente, porque pra você, talvez, seja bom ver alguém jogado na lama, talvez o seu superego, fizesse com que você me procurasse e me usasse e me jogasse fora instantes depois, junto com mais mil promessas que eu nem sei mais onde enfiar. É tão ruim saber que você esta aqui, e ao mesmo tempo não esta, eu tenho você adicionado em minhas contas nos sites de relacionamento, mais não posso falar com você, tenho seu numero de telefone, mais não posso te ligar, sei onde você mora, mais não posso ir até lá. Você é imprevisível, e não no sentido positivo da palavra, você é o imprevisível ruim, eu nunca sei como você esta, eu nunca sei se eu posso falar com você, não sei como você vai agir, não sei se vai se declarar ou me humilhar, eu tenho medo, eu não te conheço mais, e isso não me faz bem. Eu tenho uma porção de coisas que eu queria te contar, frivolidades, daquelas que a gente costumava dividir, tem mais uma porção de lugares que eu queria te levar, uma porção de gente que eu queria que você conhecesse, mais eu nunca vou te apresentar, porque eu queria que elas conhecessem o antigo você, e não esse que tomou conta do seu corpo, roubou seus olhos que brilhavam tanto, e que agora são tão frios.
Sabe aquela mania que eu tenho, de arrancar as casquinhas dos pequenos machucados? Se eu pudesse te definir, você seria uma casquinha daquelas, ela ta sempre aqui, em algum lugar nas minhas pernas, e eu sempre quero arrancá-las, porque quando elas são muito antigas elas não sangram mais, fica só a cicatriz na pele, e de cicatrizes eu entendo, e eu sempre espero que as cascas nunca sangrem, mais tenho medo de arrancar, porque na maioria das vezes vai sangrar, então eu tenho que evitá-las, mais como evitar uma mania, um vicio? Você ta conseguindo me entender?
Eu sei que você só me fez uma pergunta simples, e eu nem ao menos sei o porquê, e nem o que você vai fazer com essa resposta, que eu tenho certeza não era o que você esperava ouvir, mais eu não consigo ser uma pessoa sucinta, você me deu essa oportunidade de tirar tudo isso que eu venho carregando a tanto tempo, que eu sou capaz ate de agradecer por me proporcionar tamanho alivio. Eu só queria que você entendesse que o que eu sinto ainda é forte e grande, mais não o suficiente, e que podem passar centenas de pessoas pela minha vida, milhares delas, que ninguém, NUNCA, vai ocupar o seu lugar, pode ser que um dia meu coração não acelere por você, mais o que você significou, e a cicatriz que você deixou vai continuar comigo pra sempre. Existem pessoas insubstituíveis, e você é uma delas. Ainda me dói falar sobre isso, ainda não consegui preencher o vazio que você deixou, é muito grande, eu ainda não sei o que fazer com as pequenas coisas, as musicas, as manias que eu peguei de você, o numero de telefone que eu decorei à tanto tempo, o café forte e sem açúcar, enfim, essas peculiaridades, que só nós dois entenderíamos. Eu podia continuar falando aqui até o sol nascer, mais no fundo eu sei que você já sabe de tudo isso e eu realmente não gosto de ser repetitiva, por mais que eu seja, então, por favor, para de fazer força pra chorar e me deixa acabar de arrumar as minhas malas, eu tenho que partir logo mais, eu não sei se era isso que você queria ouvir, portanto, faça o que você quiser com as minhas palavras. Quando se trata de você, eu sou uma covarde, então não me faça desperdiçar toda essa coragem que eu juntei durante a sua ausência, me deixe sentir orgulho de mim por conseguir te dizer adeus dessa vez, para de tentar me impedir de viver por mim mesma, para de tentar me usar, para de me fazer de seu fantoche, me liberta de você.
E por favor, bata a porta quando sair.



Chayenne Colli

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu nem queria sair aquela noite, estava muito frio e eu havia tomado um iogurte completamente esquecido que eu tenho intolerância a lactose. Mas meus amigos têm um poder de persuasão terrível, coloquei a primeira camiseta que vi pela frente, peguei um casaco e sai pela noite escura junto com os rapazes. Eu estava completamente entediado. Fomos numa boate, pra azarar algumas meninas. O lugar estava lotado, era sexta feira e sempre tocava uma banda de pop com um cara cheio de dreads no vocal, até que era legal o sonzinho deles, dava uma animada, as garotas ficavam na frente do palco pulando e da minha mesa sempre dava pra ver os peitos delas balançando no ritmo da musica... Era a única coisa que salvava naquele lugar, o bar não era ruim, nem nada do tipo, era pequeno, e eles tinham uns drinks legais, era bem freqüentado e a musica geralmente era boa, mais hoje, justo hoje que o frio estava me incomodando tanto e o iogurte fazia meu estômago dar uns solavancos, e a única coisa que eu queria fazer era ficar sentado ali na mesma mesa de sempre olhando pros peitos das garotas, mas, não havia nenhuma em frente ao pequeno palco, e sim um monte de marmanjos, a maioria eu conhecia de vista, eu olhei pro palco e no lugar do cara de dreads havia uma garota, a garota mais incrível que eu já vi na minha vida, não se comparava com ninguém, tinha uns olhos enormes e azuis, a maquiagem forte os deixava maiores ainda, tinha os cabelos escuros e com cachos e uma franjinha que caia no olho esquerdo, batom vermelho na boca carnuda, usava um short curto e meias três quartos roxa, uma camiseta apertada branca, e cantava uma musica que minha irmã mais nova sempre ouvia. Cumprimentei de longe o segurança que ficava na escada que dava acesso aos camarins, e mais alguns rostos conhecidos. A garçonete teve que me cutucar pra poder perguntar o que eu queria beber. Pedi whisky com soda, bebi num gole só, sabia que ia morrer de dor de estômago de noite, mais na minha cabeça só tinha espaço praquela cantora de mechas azuis no cabelo. Meus amigos falavam sem parar sobre vários assuntos, quando um deles apontou pro palco e disse “Meu deus, eu preciso do telefone dessa gata”.
Eu fiquei sem reação, bebi mais alguns drinks até que a banda deu uma pausa nas musicas e um DJ começou a tocar e ai as garotas foram pra pista de dança e essa foi a deixa dos meus amigos, eu levantei e fui até o segurança que cuidava da escada que dava acesso aos bastidores e disse que precisava falar com a cantora, ele ficou relutante, dizendo que eu era o milésimo rapaz que lhe pedia isso, eu o lembrei que eu e o filho dele crescemos juntos e estudamos no mesmo colégio, lembro me de ter dito também algo sobre minha intolerância a lactose, não tenho certeza mais acho que isso o sensibilizou e ele me deixou passar.
Eu não sabia o que tava fazendo, eu estava sentindo muito calor por causa das varias doses de whisky, estava andando por um corredor escuro e cheio de cabos e instrumentos e caixas e outras coisas que não dava pra decifrar, tinha uma porta entreaberta e eu entrei sem bater. A garota das mechas e olhos azuis estava de costas, e os caras da banda dela sentados em um sofá tomando alguma coisa, um deles levantou e perguntou quem eu era. Eu, num lapso de imbecilidade disse que era um fã, todos me olharam desconfiados, ela virou pra trás e me deu um sorriso, e me perguntou com a voz mais doce do mundo “o que você quer aqui, querido?” Eu que achava que não podia ser mais idiota respondi “Um beijo seu”. Ela riu muito e os caras da banda ainda mais, um deles se levantou e perguntou pra ela se ela queria que ele me colocasse pra fora, ela disse que não, e que eu ia pagar um drink pra ela mais tarde. Se levantou e falou pra eu esperar por ela na saída de trás do bar, assim que acabasse o show. Eu era um misto de felicidade e desconfiança. Não acreditava que tinha sido tão fácil assim, tanto passar pelo segurança como convencê-la a sair comigo, eu estava achando que eles estavam tirando sarro de mim, ela me deu um sorriso e disse pra eu sair agora que eles iam voltar a tocar. Eu sai, sem saber se era verdade aquilo ou não, voltei pra minha mesa e pedi mais um drink, a banda voltou pro palco, e parecia que o show nunca acabava, ela me viu de lá de cima e sorriu pra mim.
No fim do show meus amigos que estavam todos acompanhados me encontraram sentado sozinho na mesa e perguntaram se eu tava afim de ir embora, eu disse que não e contei-lhes a historia, eles riram de mim e disseram que os caras iam me bater, que uma garota daquela nunca ia sair com um cara como eu. Poxa, eu não sou feio, mais também não sou nenhum modelo de revista, já peguei garotas muito bonitas sem ter que gastar meu vocabulário, mais eu ainda estava na duvida se ia ou não encontrar com ela, já fazia dez minutos que o show tinha acabado, eu paguei minha conta correndo, deixando o troco pra garçonete e sai desabalado pra rua de trás onde tínhamos combinado, quase que meu coração parou na hora em que eu a vi ali parada, de braços cruzados, e dando pulinhos por causa do frio.
Cheguei e não sabia o que falar, logo eu, um cara de tantas palavras, vocês não sabem como é difícil me fazer calar a boca, quando uma pessoa consegue ela realmente é digna de um prêmio. Mais eu não precisei falar nada, ela sorriu e disse “Você demorou” Eu respondi que não sabia se era verdade ou uma pegadinha. Ela sorriu e perguntou aonde iríamos, eu nem havia pensando nisso, estava tão nervoso com medo de apanhar ou de levar um fora ou algo do tipo, que nem cogitei a possibilidade de ser verdade. Levei-a num pub, na esquina de baixo, onde eu costumo ir quando não tem nada pra fazer, fomos andando mesmo, estava realmente frio eu estava quase congelando, chegamos lá e nos sentamos numa mesa no fundo, eu pedi whisky com soda, e ela pediu gim. Nós bebemos e conversamos a noite toda, ela não era da cidade, alias, nem do país, ela fazia intercâmbio, e aproveitava as noites de sexta pra cantar em barzinhos e conseguir dinheiro pra continuar a pagar os estudos, ela era muito inteligente, gostava dos mesmo livros que eu, discutimos filmes, livros, musica a noite toda, era quase cinco da manha, e só nós estávamos no bar, o dono do local chegou e perguntou se nós não queríamos ir embora interrompendo a nossa discussão sobre ‘Revolução dos bichos’ de George Orwell.
Não, eu não queria ir embora, eu estava completamente apaixonado por essa garota, eu não queria tirar os olhos delas, queria ouvi-la falar sobre qualquer coisa pro resto da vida. Ela disse que tinha deixado a bolsa com a chave do quarto do hotel no carro dos amigos, e fez uma cara de preocupada com um misto de cachorro sem dono que não deu pra não oferecer minha casa pra ela passar a noite, ela sorriu timidamente como quem quer dizer ‘isso não estava nos meus planos’, enfim, nós fomos para minha casa. Esqueci de mencionar mais eu moro sozinho num apartamento realmente muito pequeno, e assumo minha neurose por limpeza, então, eu não tinha que me preocupar com cuecas espalhadas pela casa e comida no quarto e latas de cerveja e pornôs pela casa, meus pornôs ficam no computador e as latas vazias no lixo. Eu sou meio nerd também, então tenho uma coleção de livros legais, videogame, muitos jogos, TV e som de ultima geração, um computador legal, e essas coisas. Enfim, ao chegar em casa mostrei pra ela onde ficava o banheiro caso ela quisesse vomitar porque ela havia tomado gim pra burro, ela me disse que estava bem e perguntou onde podia dormir, eu ofereci minha cama. Não levo muito jeito com mulheres, quer dizer, na hora do papo não tem nenhuma que resista, sem falsa modéstia, mais na hora da ação, eu fico tímido e envergonhado sempre e as mulheres que esperam que eu tome atitude ficam sempre... esperando.
Eu perguntei se ela se incomodava se eu dormisse na cama com ela, ela disse que claro que não, então eu tirei a camisa e a calça e fiquei de samba canção, fui ao banheiro escovar os dentes, e quando voltei, ela estava de calcinha e sutiã deitada na minha cama. Nessas horas não tem timidez ou qualquer outra coisa que não te faça tomar alguma atitude. Algum tempo depois, o qual não direi exatamente, eu estava deitado na minha cama, com um sorriso imbecil no rosto enquanto a mulher que eu tinha certeza que era a mulher dos meus sonhos estava deitada ao meu lado, nua, dormindo feito um anjo. Eu não sabia nem o que sentir, não queria dormir com medo de acordar e ver que foi tudo um sonho idiota, mais o cansaço me venceu e eu adormeci.
Na manha seguinte eu acordei e senti um cheiro de ovos mexidos e pão quente pelo meu apartamento, eu não queria abrir os olhos e me decepcionar caso o cheiro viesse do vizinho, pois bem, o cheiro era do meu apartamento mesmo, ela havia preparado um café da manhã pra nós dois, e não era um sonho, eram umas dez horas da manha e eu me espreguicei e senti um papel ao meu lado ao invés de um corpo quente, meu coração gelou na hora, eu sentia muita coisa ao mesmo tempo, fico me perguntando como pode uma pessoa sentir tudo o que eu senti em tão curto espaço de tempo. Eu fiquei nervoso com medo dela ter ido embora, achei que o papel fosse uma carta de despedida, um pedido de casamento, um bilhete de "você é péssimo de cama e eu estou decepcionada" ou uma musica que ela fez naquela manha, ou até mesmo, um aviso que ela se esqueceu de comprar leite a já voltava, pois então, quando eu tive coragem de ler o bilhete havia apenas duas palavras escritas “Me desculpe.”
No mesmo instante se passaram mais mil coisas pela minha cabeça, e eu não entendia o porquê das desculpas, ela não era a primeira a fugir de mim pela manha, foi quando eu olhei ao meu redor e não vi meu computador que até ontem ficava sobre a escrivaninha no meu quarto, eu corri pelado pra sala e não vi meu estéreo, nem minha TV, nem meu videogame, nem nada de valor que não pudesse ser carregado sem a ajuda de um caminhão. Eu não estava acreditando que ela, justo ELA, a pessoa que eu ia pedir em casamento pela manha, que eu havia me apaixonado na noite anterior, que era inteligente, bonita, esperta e alem de tudo minha alma gêmea havia me roubado, não acreditava que ela pudesse ter premeditado tudo, e que ainda tivesse escrito um bilhete, era muita sacanagem, sacanagem da pior.
Eu coloquei uma roupa pra poder chamar um táxi que me levasse a delegacia pra prestar queixa, mais quando olhei na carteira não tinha um misero centavo, até minhas moedas ela levou. Tentei ligar pra um amigo, mais meu celular tinha ido junto com o resto da minha casa.
Eu sai pelas ruas frias da cidade desesperado, tentando encontrar a garota, cujo nome eu não havia perguntado noite anterior, pensei que talvez fosse isso, talvez ela tivesse ficado com raiva por eu ter levado-a pro meu apartamento e nem ao menos saber seu nome, nem ao menos me interessar, vai saber né, ninguém entende as mulheres. Eu voltei a boate da noite passada, mais ninguem lá soube me informar nada a respeito dela, eu me conformei e fui pro resto que sobrou da minha casa.
As semanas se passaram, os meses também, e eu não prestei queixa, até porque não sabia nada a respeito dela, e não sabia se o que eu sabia era verdade. Preferi deixar pra lá, me cansaria menos, fiz horas extras pra poder comprar algumas coisas de volta, e voltei todas as sextas feiras no mesmo lugar, sempre renovado de esperanças de que eu encontrasse uma linda mulher de mechas azuis cantando naquele pequeno palco, mais tudo o que eu via era um cara de dreads e muitos peitos balançando no ritmo da musica.
Chayenne Colli

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eu sou uma bagunça, uma bagunça feita de erros.


Eu te amei desde a primeira vez que eu te vi, acho que eu tinha desesseis anos. Demorou um tempo pra eu ter coragem de falar isso pra você. Eu estava tão assustada com o que eu estava sentindo, que eu aprendi a ser uma vadia sarcástica só pra me sentir normal, eu transei com uns caras pra tentar esquecer, mas não deu certo.
Quando nós ficamos juntos, isso me assustou pra burro, porque eu sabia que você era a única pessoa que podia arruinar a minha vida, eu te afastei, e te fiz pensar que a culpa era sua. Eu só estava com medo da dor. Eu tava tão irritada porque você tinha esse poder sobre mim.
Sou uma completa covarde, porque eu comprei essas passagens pra nós há três meses, mais eu não conseguia aguentar, não queria ser escrava do jeito que eu me sinto a seu respeito, você consegue entender? É tão horrível, porque serio... Eu morreria por você, eu amo você, amo tanto que isso tá me matando.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Eles dizem que você é o melhor, mas eles são só crianças e te fazem lembrar dos lugares mortos nos quais cresceu. Só porque eles sabiam seu nome, não significa que eles conheçam suas origens. Que ilusão triste que você tem que tocar, mas eu não te culpo.Eles nunca tiveram isso e você nunca teve nada deles também

Última vez que eu te vi, você estava no palco com os cabelos bagunçados e os olhos vermelhos.