segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Que seja do seu jeito.



Mas tudo bem. Tudo bem. Eu paro de falar, de pensar, de obedecer meus ímpetos caiofernandoabrelisticos e vou ficar aqui, te olhando com cara de bobo e os dentes a postos a rir sem parar, sem motivo qualquer, exercitando os músculos atrofiados da minha cara amassada das noites agora bem dormidas. É o que dá pra fazer agora. O que resta é esperar, mesmo que esperar alguma coisa do amor seja o mal do século.
Então me ensina. Me fala de cores. De sonhos. Sobre quantas colheres de açúcar. De listas de melhores bandas da ultima década. Tenho pressa em aprender a te entreter. Sou eu só, contra um mundo de ofertas mais altas que a minha. Não sei quanto tempo há antes de voltar sua vontade de andar nos próprios joelhos.
Depois de pegar essa mania besta de querer voltar no tempo, ou desejar que ele passe logo, eu queria que o tempo pudesse parar só dessa vez. Quem acredita nessa coisa de que nada dura pra sempre, nunca se apaixonou de verdade e não conheceu a estabilidade perturbadora do caos.
Mas parei de falar. Vou buscar um chá e te observar trabalhando nas planilhas do seu computador mais um pouco, mesmo sendo nós uma dupla de péssimos planejadores. Mas antes que seja tarde, me promete uma coisa: que não vai rir se acaso me fizer chorar. Ok. Pra que não seja mais uma vez tudo igual, que seja do seu jeito.


Gabito Nunes http://www.carascomoeu.com.br/

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