quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Fantasmas

Nós já brincamos de marido e mulher e mesmo diante do título que prescreve responsabilidade, agíamos feito duas crianças brincando de esconde-esconde e tomando banho de mangueira nas tardes que o verão se fazia intolerável, além de dividirmos seus/meus lençóis das tartarugas ninja.
Impossível enumerar as diversas coisas que já compartilhamos: Copo, cigarro, chuveiro. Dor, alegria, alergia e desespero.
Toda e qualquer tarefa doméstica era motivo para arrancarmos as roupas e qualquer misto quente na calada da noite podia ser comparado a um banquete. Tivemos inúmeras discussões as três da madrugada, as vezes sussurradas, muitas vezes a plenos pulmões.
Você me mostrava músicas e eu te contava histórias, te contava em histórias.
Já deixei você ganhar no videogame só pro seu pequeno ego não desinflar e já ouvi você roncar com o mesmo sorriso estampado que surgia em meus lábios quando te ouvia cantarolar nossa trilha sonora do chuveiro.
Sempre que setembro se aproxima o meu peito se aquece e eu te espero retornar. Parece mentira, parece proposital, mais eu sempre soube que quando esse mês (maldito ou não) chegasse toda nossa história se repetiria. E quer saber, pode ser que coisas assim não aconteçam mais em minha vida, então eu guardo setembro com tanto carinho que é como se eu acreditasse em amor eterno.

Hoje, você me disse eu te amo.
Eu também, pra sempre!

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