sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mais uma na multidão


Ela espera por uma vida menos descolorida, menos artificial, com coisas mais reais, espera redescobrir o amor. Antes era satisfeita com uma vida fútil e sem graça, e hoje sente falta de algo intenso, algo que ela um dia sentiu e que não sabe onde perdeu. Por mais que ela tenha lutado, a batalha tava perdida, não se vence lutando sozinho e ela aprendeu isso da forma mais difícil. Em seu intimo, sabia o que faltava, sabia do que e de quem sentia falta, e sabia que por mais que tentasse, e quisesse, e desejasse, as coisas não voltariam a ser como antes. O que fazer com as horas vagas? O que fazer nos dias frios? Com quem conversar nas noites solitárias? Queria um amor como de seus pais, esperava encontrar alguém que pudesse dividir a mesma cama, os mesmos discos, a mesma vida. Sempre fora uma romântica incorrigível, que acreditava que o amor tinha poderes desconhecidos, e que por ele muita gente era capaz de muita coisa. O que mais a intrigava era como o amor podia passar pra alguns e pra outros não, ou porque demorava um pouco mais. Achava que se passava, não era amor, mais tinha certeza do sentia. E seu amor era tão bonito e tão real e tão digno, mais ela era só mais uma na multidão.




"Cause nothing’s perfect; so I'll have to make do"

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